quinta-feira, 17 de maio de 2012

Emoções intensas da maternidade! Do céu ao inferno e vice versa em segundos.

Nossa, há um mês sem atualizar o blog! Estava off sendo mãe acima de tudo. Primeiro a minha princesa adoeceu, logo em seguida foi meu caçulinha, depois meu anjinho pegou dengue e pneumonia e acabou tendo que ficar 1 semana internado! Aff chega agora, né? Amo ser mãe, mas estou precisando atuar tbm nos meus papéis de psicóloga e mulher.

Mas é logico que depois de uma intensa experiência como mãe nestas últimas semanas, não posso voltar a falar dos meus amados adolescentes e não relatar a minha linda e doída experiência no hospital com meu filhote. Passamos 6 dias internados (ja estava há 1 semana com ele doente em casa). Sim, digo passamos, pois fiquei direto com meu filho, vindo para casa apenas no fim do dia para tomar banho, comer alguma comida um pouco menos saudável que a do hospital, e claro, dar um cheiro no resto da minha cria, para retornar ao hospital para "dormir" com meu anjo. 

Nestes dias passei por uma série de emoções boas e ruins. No início da internação do meu filho, tivemos a errada e assustadora notícia que meu anjo estaria com suspeita de dengue hemorrágica. Meu Deus que medo de perdê-lo! A incompetente da emergência me disse isso baseado no exame de albumina dele que estava baixo, porém o que diz que há suspeita de dengue hemorrágica é o exame com hematócritos, que o do Nan, estava perfeito. Mas aquelas horas de dor, incerteza e medo duraram uma eternidade, até ouvir da médica do plantão da manhã seguinte que ele não tinha dengue hemorrágica, embora teríamos que acompanhar para que não evoluísse para isso. O hospital estava lotado, muitos casos leves e alguns muito difíceis. Aproveitei o momento para refletir muito sobre minha vida e lógico, como sempre, para observar o comportamento humano (inclusive o meu). Nos momentos de stress e de medo, vamos do céu ao inferno em segundos. Senti o quanto o descontrole emocional e o stress afetam, inclusive o cuidado que temos com os nossos amores. Quando ia para casa comer, tomar banho e beijar meus filhos, voltava para o hospital muito cansada, mas renovada e com muita energia e amor para dar para meu filho e para quem eu pudesse acalentar naquele hospital. 

Uma estorinha interessante é que nós estávamos com uma linda menininha no quarto com uma pneumonia de base nos dois pulmões com uma evolução de melhora muito lenta, na verdade com troca de remédios por ela não estar respondendo bem ao tratamento. É óbvio que sua família, na verdade, sua mãe e sua avó, estava muito tensa, assustada e cansada de estar nesta situação de internação. No dia das mães elas duas (a avó e a mãe da criança) saíram para almoçar juntas em algum restaurante ao lado do hospital e a menina ficou com uma tia de quem ela gostava muito. Aquelas horas se passaram com as duas brincando sem a menina chorar e nem reclamar nenhuma vez. A sua tia estava bem, descansada e com certeza essa energia foi ótimo para aquela criança. Quando elas retornaram para o quarto do hospital, eu falei de como a menina tinha ficado bem e que até elas estavam com uma leveza maior no olhar. A mãe da menina estava deitada na cama com a filha e depois de um tempo refletindo me olhou e disse "Pois é, nestas horas a gente vê o que realmente tem valor. Se a gente estivesse em casa estaríamos uma em cada canto. Eu no computador, minha mãe no quarto vendo televisão e minha filha em outro quarto vendo desenho. Agora estamos juntinhos neste quarto de hospital." 

Não sou do tipo que acredita que o crescimento e a evolução espiritual e humana acontecem apenas através do sofrimento. Penso e sei que podemos evoluir através de momentos intensos, sejam eles bons ou ruins. Mas com certeza nos momentos de medo e de impotência, percebemos que somos muito pequenos, apenas um grãozinho de areia neste enorme universo. Os nossos valores mudam nestas situações e cabe a nós mesmos não permitir jamais que estes valores se percam pelo mundo quando saímos da crise, pois esta é uma tendência natural do ser humano. 

Pois é, precisei relatar um pouquinho da minha experiência, meu filhote ja está em casa e bem, aprontando todas e logo logo estarei escrevendo mais sobre os "causos" adolescentes. Até mais, bjks.

2 comentários:

  1. Pois é nestes momentos difíceis vemos a força que nós mães temos. Mas as vezes fica tão pesado que queria ser menos forte. Que bom que ele ja está bem, um bj e fiquem com Deus.

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    1. É verdade, nesta semana senti exatamente isso. Mas agora é hora de eu pensar mais em mim mesma, relaxar e recarregar as baterias, pois não temos que ser de ferro não. Um bj e fique sempre a vontade para participar.

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