quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Férias x Adolescência = combinação explosiva!

Na adolescência estamos sempre esperando alguma novidade, alguma nova emoção, um novo amor, novos amigos, enfim, a intensidade faz parte desta fase da vida, e isso é maravilhoso!!! Porém sabemos que junto com todo esse "calor" da adolescência tem que caminhar junto um pouquinho de juízo, né? As consequências dos nossos atos são todas nossas e têm que caber na nossa própria conta, o nome disso é maturidade, responsabilidade,  caráter.

Vivemos em um mundo onde tudo é muito descartado, tudo é renovado constantemente. Eu acredito que até pra essa galerinha mais nova, a velocidade das news é incrível! Eu me recordo que quando estava no ensino médio, (científico na época, rs), estava iniciando a era tecnológica, os computadores eram enormes, e tínhamos aula de informática na escola, que era um avanço incrível, pois dificilmente as pessoas tinham computador em casa, internet nem pensar. Em algumas décadas depois, hoje levamos nosso computador no bolso, participamos de reuniões virtuais de qualquer lugar do mundo, fazemos "amigos" em qualquer hora e lugar. Acho isso maravilhoso, porém como tudo na vida, os perigos caminham junto.

Mas o post hoje não é para falar dos perigos da era moderna, e sim para falar dos perigos que sempre fizeram e fazem parte da adolescência. Temos que lembrar que toda ação tem uma reação. Se fizermos algo que poderá nos prejudicar la na frente, temos que ter consciência que teremos que pagar essa conta. Somos responsáveis por nossas escolhas e por nossas atitudes, então senão temos condições de assumir as consequências de nossos atos, temos que pensar bem antes de fazer qualquer coisa que pode ter consequências ruins.

Temos algumas frases prontas que são divinas: "Sexo só com camisinha"; "Se dirigir não beba, se beber não dirija"; " Mas vale um pássaro na mão do que dois voando"; "Droga mata!"  E como diria meu amado mestre Carl Gustav Jung: "Toda forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo." 


Enfim galerinha aproveitem muitoooooo as férias escolares com uma pitadinha de juízo, que nunca é demais, para começarem o ano letivo cheios de vontade de estudar, rsrsrs. Como estou cheia de frases prontas hoje. "A esperança é a última que morre".

 Bjks gdes, curtam bastante e até a próxima.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

timidez X Fobia social

Saudades de escrever para vcs!!! O nosso papo hoje é bem atual e comum. Timidez excessiva ou fobia Social, qual a diferença???

Todos nós já sentimos em algum momento da vida, aquele friozinho na barriga, quando nos percebemos em algum tipo de exposição social. Seja na escola, quando somos chamados atenção pelo professor ou quando algum colega nos constrange na frente dos outros, ou até mesmo quando somos obrigados a apresentar um trabalho, a ansiedade para uma entrevista de emprego, enfim, sentir-se ansioso quando estamos em situações importantes e de exposição é algo que faz parte da vida de todos nós, não é doença e até determinado ponto, podemos dizer que é adaptativo, pois faz com que estejamos sempre melhorando nosso desempenho. Porém, quando essa ansiedade é excessiva, causando um grande sofrimento e fazendo com que a pessoa se esquive de diversas situações importantes para o crescimento pessoal e profissional dela, é momento para repensar e talvez procurar uma ajuda profissional de um psicólogo e/ou psiquiatra, pois estaremos saindo de um grau de ansiedade normal para entrarmos no âmbito do Transtorno de Ansiedade Social, ou fobia social

A fobia social é um dos transtornos mais comuns observados atualmente e a idade média de início dos sintomas está entre 11 e 19 anos. Neste período da vida a personalidade e as habilidades sociais ainda estão sendo desenvolvidas, com isso a insegurança em algumas atividades são normais, em pacientes com fobia social estas dificuldades se tornam ainda maiores. Os sintomas mais comuns são: coração acelerado, rubor, sudorese, tremores nas mãos, bloqueio da fala, etc. Todos estes sintomas são facilmente percebidos pelas outras pessoas, o que ajuda ainda mais a aumentar a ansiedade. Pacientes com Fobia Social apresentam uma tendência a um pior desempenho escolar, têm menor probabilidade de manter um relacionamento amoroso saudável, além de terem uma maior possibilidade de possuírem uma instabilidade profissional. O diagnóstico e a intervenção precoce podem prevenir o desenvolvimento de outros problemas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com este transtorno. Por exemplo, vamos imaginar  um estudante que precisa apresentar  um seminário na sala de aula. Ficar ansioso é normal e até bom para ele, no sentido de ajudá-lo a estudar com antecedência, ensaiar sua apresentação e, consequentemente, ter um melhor desempenho. No entanto, caso essa ansiedade seja tão intensa que na hora da apresentação a pessoa comece a gaguejar ou dê um "branco" a ponto que o aluno não consiga apresentar o que havia preparado, então essa ansiedade deixa de ser saudável e torna-se um problema.

A timidez pode ser definida como um desconforto ou inibição em situações de interação social, geralmente associada  a grande preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros. Seria um grau de ansiedade em situações sociais um pouco mais elevado, mas ainda saudável. E aqui é importante ressaltar que timidez não é doença. Entretanto, para algumas pessoas, a ansiedade diante das situações sociais torna-se tão intensa, que prejudica as atividades do seu dia-a-dia e os seus relacionamentos interpessoais. Podemos dizer que desde o momento em que uma dificuldade da pessoa se torne tão intensa ao ponto de afetar sua vida diretamente, a impedindo de executar tarefas importantes no seu dia a dia, como por exemplo comer em público, ou perder uma oportunidade de emprego, ou até mesmo um possível relacionamento amoroso saudável, ela necessita de uma ajuda profissional para que possa ter uma melhor qualidade de vida.


É isso galera, espero não ficar tanto tempo sem escrever desta vez e espero estar auxiliando alguns nesta jornada para uma vida mais feliz e saudável. Bjks.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mentira, quais as consequências para quem mente e para quem é enganado?

"Mentira tem perna curta". Esta frase é muito certa, mesmo que a perna da mentira seja apenas um toquinho, rs, ou seja, mesmo que vc não descobra a mentira na íntegra, alguma parte dela aparece em algum momento. Quais os motivos que levam uma pessoa a mentir? Bom, existem vários tipos de mentirosos. Os psicopatas, que mentem sem nenhum sentimento ou culpa, que não será o nosso objetivo falar sobre isso aqui, as "mentiras" dos psicóticos, que na verdade não devemos chamar de mentiras e sim de delírios e alucinações psicóticas, que também não é a base deste post. O que nos importa neste momento são as mentiras que contamos no dia a dia por motivos diversos e em alguns casos nem nos damos conta que estamos mentindo, ou omitindo algum fato ou até mesmo acreditando em nossas próprias mentiras. Dizemos que a mentira tem pernas curtas porque sabemos que ela não costuma ir muito longe. Cedo ou tarde, ela aparece, e ai as consequências da mentira tanto para quem foi enganado quanto para quem enganou podem ser devastadoras. Quando mentimos, fazemos mais esforço do que quando dizemos a verdade, nosso corpo acaba acusando algum indício de que aquela estória não encaixa muito bem. Nosso olhar dificilmente se mantém fixo, e  muitas vezes o nosso comportamento acuado e até mesmo agressivo acaba por entregar que aquela estória não é verdade. Acontece também em algumas situações que quando  a mentira precisa ser recontada e recontada e recontada, acaba sendo contaminada por alguns indícios da verdade ou até mesmo precisa ser reforçada com alguma outra mentira e então o rabinho dela acaba aparecendo por trás daquela roupagem as vezes tão bela. Quando temos que manter uma mentira por muito tempo, ou até mesmo por toda a vida é um desgaste enorme, e muitas vezes acabamos por não dar mais conta de mantê-la.

Mas, afinal, por que mentimos? Segundo Eugenio Mussak, educador e escritor, "A psicologia explica a mentira pelo mecanismo de defesa, a sociologia pela busca do poder, a filosofia pela imperfeição humana e a religião pela compulsão ao pecado. As explicações, entretanto, quase nunca justificam a mentira ou desculpam o mentiroso." Na verdade cada uma destas explicações não precisam necessariamente anular as outras, depende sempre do ponto de vista de cada um.

Muitas vezes não temos coragem de dizer a verdade, pois sabemos o quanto aquela verdade pode ferir o outro e também a si mesmo. Quando as pessoas não conseguem lidar muito bem com seus sentimentos e com suas emoções, elas evitam algum tipo de confronto que possa "magoar" o outro, pois isso implicaria em pôr a tona sofrimentos, emoções, dores, mágoas, enfim verdades que fazem parte da vida de ambas as partes em um relacionamento. E logico,  também não dizem a verdade, pois, não conseguem lidar com a culpa de ter cometido algum erro, pois isso pressupõe assumir defeitos e limitações que muitas vezes são difíceis de assumir.



Falando dos meus amados adolescentes, quem nunca disse uma mentira nesta fase da vida? Temos que separar mentiras "inocentes" de mentiras que nos trazem consequências perigosas. Aliás, o ponto é esse. Quando precisamos mentir por algum motivo, normalmente é porque a situação é proibida, ou até mesmo perigosa, principalmente para a própria pessoa que está dizendo a mentira. As consequências dos nossos atos devem ser assumidas e vivenciadas por nós mesmos, então se aquela mentira pode ser perigosa para nós mesmos, devemos pensar e refletir se temos condições de bancar as consequências dela. Infelizmente ja tivemos casos na mídia de acidentes fatais com jovens que viajavam escondidos de seus pais ou de jovens que pegaram o carro do pai escondido e acabaram sofrendo ou causando graves acidentes de trânsito. Como ja vimos, de algum modo, alguma perninha verdadeira sobre aquela mentira acaba aparecendo mais cedo ou mais tarde, e as consequências da mentira são muito difíceis.


Um outro grande perigo sobre a mentira é o fato desta pratica se tornar um hábito entre crianças e adolescentes, pois isto futuramente, pode ser muito prejudicial tanto para o "mentiroso" quanto para quem convive com ele,



Como sempre falo em todos os meus posts o diálogo é o melhor caminho, até porque algumas situações são "proibidas" por serem perigosas, e é necessário que os limites sejam esclarecidos por ambas as partes.


O fato é que a mais perfeita mentira não é melhor do que a pior verdade, porque quando esta mentira é deflagrada, e na maioria das vezes isso acontece mais cedo ou mais tarde, a dor de ter sido enganado é muito maior do que o sofrimento de saber a verdade. 


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sexualidade na adolescência. Quais os limites do desejo?

Bom, hoje quero dividir com vcs, uma preocupação que eu tenho tido ultimamente. Quais os limites da sexualidade na adolescência?  Eu recebi um relato de uma adolescente de 14 anos que havia recebido um convite para um menage a trois de um casal de namorados, onde a menina tem a mesma idade dela, 14 anos e o rapaz tem 16. Para quem não sabe, menage a trois é uma expressão de origem francesa que significa sexo a três. Na verdade, ela nem sabia direito o que isso significava e ela ainda é virgem. Para não passar por boba, ela disse à colega que iria pensar no assunto. Quando confirmou o que seria um menage, procurou a colega e disse que havia pensado bem, e que não estava mais interessada no convite. A colega ainda insistiu dizendo que estava muito ansiosa porque o namorado dela é quem estava insistindo, porém, disse que não poderia ser com mais um rapaz porque ele não aguentaria ver outro menino tocando nela, e que também não poderia ser uma menina que ele escolhesse para que a namorada não desconfiasse de que ele estaria interessado na menina.


Casos como esse que eu contei aqui, estão se tornando uma pratica muito comum entre os adolescentes. Alguns passam por experiência sexuais diferentes, percebem que não querem repetir e seguem suas vidas normalmente, porém outros adolescentes podem acabar se arrependendo do que fizeram e terem um grande trauma em suas vidas. 


  
A sexualidade na adolescência é tão intensa e visceral que é quase impossível que a razão e o desejo caminhem juntos. Como ja vimos em uma postagem la atrás a adolescência é uma maravilhosa e sofrida etapa da vida. Nesta fase acontecem as mudanças corporais e hormonais e o interesse e a curiosidade pela sexualidade é uma das principais características. Atualmente vivemos uma liberdade sexual que é muito boa por um lado, mas pode se tornar bastante perigosa por outro. A busca por experiências sexuais tem acontecido muito precocemente e muitas vezes os jovens participam destas experiências não por interesse deles mesmos, mas por uma influência do grupo ao qual ele participa, o que é muito normal, pois nesta etapa eles funcionam muito mais em grupo do que sozinhos, até porque sua identidade, sua personalidade ainda esta sendo formada. Com isso, por mais que tenham maturidade, é natural que em alguns momentos sejam influenciados pelos amigos. A amizade na adolescência é muito importante, eles se tornam cúmplices uns dos outro, amam intensamente uns aos outros, mas infelizmente como tudo na adolescência é intenso, também  odeiam uns aos outros em alguns momentos, e muitas vezes por motivos bem pequenos. Nestes momentos algumas atitudes que tiveram por causa dos amigos, podem se tornar grandes arrependimentos, como por exemplo uma experiência sexual com outros parceiros que talvez não seria um interesse dele mesmo. A pratica de bissexualidade tem virado "moda" atualmente. Não estou aqui para dizer se é certo ou errado, até porque este não é meu objetivo e nem o meu perfil, mas acho que quando lidamos com nossas intimidades, e o sexo é uma grande intimidade, temos que tomar decisões baseadas em nossos próprios interesses e não pelo interesse do outro.

Acho mais uma vez que a orientação e o diálogo são nossos melhores aliados, para que nossos jovens saibam tomar decisões que não se arrependam depois. Para isso é fundamental que os deixemos sempre a vontade para partilhar conosco seus interesses e suas experiências, com um olhar maduro e orientador, mas não de forma punidora e preconceituosa, pois senão poderemos colocar tudo a perder e a confiança pode ficar abalada


Por enquanto é isso, comentem a vontade, lembrem que não precisam se identificar se não quiserem. Bjks.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Falha na comunicação = Problema na relação

A etmologia da palavra comunicação, vem do latim communicatio de communis = comum, significa a ação de tornar algo comum a muitos, porém "comunicação" tem um significado muito mais amplo e complexo. Temos alguns tipos de comunicação, a verbal, gestual, virtual, comunicação alternativa, libras, enfim, existem várias formas para que possamos nos relacionar em sociedade. A comunicação é importante para transmitirmos e recebermos informações e para entrarmos em contato uns com os outros. Quando "falamos", seja de que forma for, a comunicação deve se dar de forma verdadeira, precisamos nos expressar seguindo nossos sentimentos, nossos valores. Se comunicar verdadeiramente com alguém vai muito além de falar, pois em muitos casos falamos uma coisa, e "gestuamos" outra, pois nosso corpo também "fala".
Além da falta de verdade em muito do que falamos, como disse acima, existem também outras falhas na comunicação que interferem absurdamente nos nossos relacionamentos. Vemos, muitas vezes que sentimos "A", falamos "B", e o pior é que somos incompreendidos e o outro entende "C". Costumo chamar isso de comunicação truncada, onde no fim acaba parecendo uma brincadeira de telefone sem fio, onde uma pessoa fala no ouvido da outra bem baixinho e de forma complicada uma frase, e consecutivamente umas no ouvido das outras, quando chega no final, na última pessoa, a frase em nada tem haver com a frase inicial. Este é um dos motivos para que relacionamentos sejam eles, familiares, amorosos, profissionais ou sociais, terminem de forma negativa. Segundo o terapeuta holístico Armando Falconi: " Comunicação não é o que a gente fala, mas sim, o que o outro entende ” . Inclusive, prefiro dizer que comunicação não é apenas o que a gente fala, mas também o que o outro entende. 


infelizmente somos inundados diariamente com tantos problemas, que o stress acaba fazendo parte de nossas vidas, e não temos paciência para falar com o outro o que realmente estamos sentindo, apenas jogamos nossas frustrações, nossas raivas, nossas tristezas nas nossas discussões e o que realmente estamos sentindo e qual objetivo nós temos muitas vezes não é dito. Falamos julgando e agredindo o outro, que então nos retorna também com agressividade e então inicia-se uma briga que muitas vezes é desnecessária e o pior que não traz nenhuma mudança na relação. Vou dar um exemplo clássico que todas nós mães e pais fazemos quando brigamos com nossos filhos por alguma atitude repetitiva e incorreta deles.
Por exemplo, a bagunça no quarto. Nós gritamos, brigamos, colocamos de castigo, e muitas vezes acabamos arrumando nós mesmos o quarto. Isso porque ja estamos cansados, estressados, preocupados com trabalho, finanças, enfim, com o dia a dia. Se ao invés disso, tentássemos mostrar para o adolescente/criança que quando eles querem uma determinada roupa limpa mas não acham, porque não haviam a colocado no cesto para lavar, ou que a roupa está amarrotada porque não foi guardada adequadamente, que não acham um brinquedo, ou um brinco, ou um boné, porque não arrumaram no lugar correto, enfim, tentar mostrar para eles as vantagens em se organizar um pouco mais e as desvantagens de permanecerem na desorganização, provavelmente teríamos um pouco mais de sucesso em nossos objetivos, seria um stress a menos para aquele dia, pois uma briga com filhos gasta muito de nossa energia, e com certeza estaríamos proporcionando à eles um pouco mais de maturidade e responsabilidade. 
O que estamos sentindo, que é nossa insatisfação em ver o quarto bagunçado e o nosso objetivo que é ver o adolescente/criança arrumá-lo, pode ser conseguido sem insultos e agressões de ambos os lados. 


É importante que saibamos falar e também que saibamos escutar verdadeiramente o que o outro está sentindo. Uma relação é feita de duas ou mais pessoas, então é importante que respeitemos uns aos outros, é fundamental que saibamos nos colocar no lugar do outro.


É preciso também que nós evitemos mensagens confusas, e que sejamos honestos com nossos sentimentos. Aquela clássica também do casal que está brigado e um pergunta para o outro: 
- Ta tudo bem? e o outro diz - Tá, porque não estaria? E o outro diz - Nada, tudo bem eu so perguntei porque você tá estranha. - É impressão sua, estou apenas com dor de cabeça. Pronto, daí  um "climão" se instá-la e isso com certeza desgasta totalmente uma relação. 


Para terminar vou colocar uma estorinha engraçada que eu li neste site abaixo: 
http://orienteocidente.wordpress.com/2012/04/24/falha-de-comunicacao/
Falha de comunicação:
Uma senhora idosa parada ao lado da rua, está confusa e hesitante com a tentativa de fazer a travessia diante de um tráfego intenso.
Temerosa, ela não conseguia sair do lugar.
Finalmente apareceu um cavalheiro que, tocando-a, perguntou se poderia atravessar a rua com ela. Alegre e muito agradecida, a senhora tomou seu braço e juntos partiram em direção ao lado oposto. Foi então que ela começou a ficar mais apavorada ao ver que o cavalheiro ziguezagueava pelo meio da ruaenquanto buzinas soavam e freios eram acionados com motoristas dizendo palavras ofensivas.  
Quando finalmente chegaram ao outro lado, ela, furiosa, lhe disse:
 - “Você quase nos matou. Você caminha como se fosse cego!”
- “Mas eu sou. Foi por isso que lhe perguntei se poderia atravessar junto com a senhora.”


Bjks e até a próxima 





terça-feira, 22 de maio de 2012

Vamos dizer NÃO a qualquer violência contra crianças e adolescentes!!!

No dia 18 de maio foi o dia Nacional de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes. Está havendo muita polêmica sobre o depoimento da Xuxa no fantástico pelo fato dela ter feito um filme onde ela simulava fazer sexo com um menino de aproximadamente 12 anos. Porém o que ela fez na sua vida para "ascender" profissionalmente, se ela realmente foi violentada ou não se era apenas mídia, não importa. O que importa é que todos os dias crianças e adolescentes são vítimas de abuso sexual, e que isso é absurdo. Como sabemos a maioria dos casos de violência sexual acontece por pessoas muito proximas da vítima, parentes ou amigos e com certeza tem que ser deflagrado! Pegando emprestado as palavras da minha nova e querida amiga do face Ana Virgínia. 


 "Os termos abuso ou maus-tratos contra crianças e adolescentes são usados para definir negligência, violência psicológica, física e sexual de maneira repetitiva e intencional, praticada por uma pessoa em estágio de desenvolvimento físico e emocional superior (força física, idade, condição financeira, autoridade, inteligência, etc). O agressor usa do poder, da relação de confiança e/ou força física para colocar a criança e/ou adolescente em situações para as quais não possui maturidade física, nem psicológica de enfrentamento."



Ana Virgína - Psicóloga Clínica. Para ler mais acessem o link 


Vcs sabem pq o dia 18 de maio foi escolhido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes? A data foi instituída por lei federal, em alusão a 18 de maio de 1973, quando a menina Araceli, 8 anos, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta de Vitória (ES). Apesar de sua natureza hedionda, o crime prescreveu e os assassinos ficaram impunes. Meu Deus isto é assustador!!!  

A maioria dos casos de violência sexual fica abafada dentro da alma da vítima, pois ela  sente-se envergonhada, amedrontada e muitas vezes culpada por ter sido violentada. É muito comum a criança ter medo de perder o amor de seus pais, mesmo que algum deles seja o próprio agressor, o adolescente pensa que usou uma roupa inadequada, deu alguma abertura para o agressor, enfim a culpa e o medo rondam a vida daquela criança e/ou adolescente. 

Infelizmente temos também a impunidade como um grande vilão nesta história. Peguei alguns casos de impunidade absurdos. * Em 2002, em  Beberibe, Ceará, uma menina de 11 anos foi estuprada pelo próprio pai, que a engravidou. O pai foi absolvido e reconheceu que mantinha relações sexuais com a filha, mas sem coação e que a iniciativa era dela. Confessou que transava com a filha de 11 anos durante o dia e à noite com a mulher, mãe da menina. O Ministério Público recorreu da sentença. * Em 2003 no Rio Grande do Sul um Pastor de Igreja Evangélica foi acusado de abuso sexual de uma menina de 5 anos. Foi acusado de ter apalpado partes íntimas da criança e ter feito sexo oral nela. Voto de um desembargador: "Embora a tenra idade da criança, ela foi de espontânea vontade ao encontro do recorrente e atraída pelos dizeres do acusado. A prática do ato libidinoso, deste modo, deu-se com o consentimento da criança. Ela foi seduzida e não violentada." No STJ (Superior Tribunal de Justiça) o acusado foi condenado a 6 anos. Foi afastado o enquadramento na Lei dos Crimes Hediondos, que aumentaria a pena pela metade. Em uma estatística no Rio de Janeiro de 465 casos de abuso sexual, apenas 24 viraram processo e só 3 casos chegaram ao final com abusadores condenados. Porém o incrível é que pelo que temos acompanhado no Brasil, após 2 ou 3 anos de cadeia os pedófilos, graças à progressão da pena, são libertados e voltam para a rua. 


É preciso entender que a pedofilia é uma desordem mental e de personalidade, uma perversão sexual que precisa ser tratada e que o agressor não pode viver em sociedade. Quanto a "cura" de um pedófilo existem muitas contradições. A terapia cognitivo comportamental têm tido um pouco mais de êxito, porém é importante que o tratamento ocorra em paralelo com medicações antiandrogênicas para diminuírem níveis de testosterona. Entretanto casos bem sucedidos com pedófilos são muito raros.

Temos também a quantidade de casos velados sobre o assunto que ainda é enorme. Tenho visto, infelizmente, em consultório que a quantidade de "amigos e familiares" que ja investiram olhares maliciosos em pessoas quando eram crianças e que nunca foi denunciado é absurdamente grande. A maioria dos casos de abuso contra crianças e adolescentes não vem junto com a violência física, mas sim pela forma de ameaças, investidas libidinosas e assédios de todos os tipos. As consequências psicológicas podem ser devastadoras, e apenas uma parte das pessoas que sofreram o abuso sexual de fato denuncia, e infelizmente, as pessoas que sofreram violência psicológica e investidas maliciosas, normalmente não denunciam, e sofrem caladas e sozinhas.

Sabemos que a internet é atualmente a maior porta de entrada para pedofilia, então estarmos atentos aos amigos virtuais de nossos filhos e as suas conversas é fundamental, mesmo mantendo um certo nível de confiança e privacidade necessária para o adolescente, por exemplo. Pedófilos não têm cara, não tem cor, não tem raça e nem condição financeira definida, pode ser qualquer um, portanto é necessário que existam formas de tentar prevenir esta violência, e para isso, precisamos estar atentos a qualquer alteração de comportamento de nossos filhos, e infelizmente a desconfiança nas pessoas se faz necessária. Sabe-se que pouca quantidade de denúncias de crianças e adolescentes são falsas. Segundo informação do site http://www.observatoriodainfancia.com.br/IMG/pdf/doc-231.pdf apenas 6% das denúncias são fictícias, então vamos ouvir mais nossos filhos e estar atentos à eles que são nossos bens mais preciosos! 

Bjs e até a próxima.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Emoções intensas da maternidade! Do céu ao inferno e vice versa em segundos.

Nossa, há um mês sem atualizar o blog! Estava off sendo mãe acima de tudo. Primeiro a minha princesa adoeceu, logo em seguida foi meu caçulinha, depois meu anjinho pegou dengue e pneumonia e acabou tendo que ficar 1 semana internado! Aff chega agora, né? Amo ser mãe, mas estou precisando atuar tbm nos meus papéis de psicóloga e mulher.

Mas é logico que depois de uma intensa experiência como mãe nestas últimas semanas, não posso voltar a falar dos meus amados adolescentes e não relatar a minha linda e doída experiência no hospital com meu filhote. Passamos 6 dias internados (ja estava há 1 semana com ele doente em casa). Sim, digo passamos, pois fiquei direto com meu filho, vindo para casa apenas no fim do dia para tomar banho, comer alguma comida um pouco menos saudável que a do hospital, e claro, dar um cheiro no resto da minha cria, para retornar ao hospital para "dormir" com meu anjo. 

Nestes dias passei por uma série de emoções boas e ruins. No início da internação do meu filho, tivemos a errada e assustadora notícia que meu anjo estaria com suspeita de dengue hemorrágica. Meu Deus que medo de perdê-lo! A incompetente da emergência me disse isso baseado no exame de albumina dele que estava baixo, porém o que diz que há suspeita de dengue hemorrágica é o exame com hematócritos, que o do Nan, estava perfeito. Mas aquelas horas de dor, incerteza e medo duraram uma eternidade, até ouvir da médica do plantão da manhã seguinte que ele não tinha dengue hemorrágica, embora teríamos que acompanhar para que não evoluísse para isso. O hospital estava lotado, muitos casos leves e alguns muito difíceis. Aproveitei o momento para refletir muito sobre minha vida e lógico, como sempre, para observar o comportamento humano (inclusive o meu). Nos momentos de stress e de medo, vamos do céu ao inferno em segundos. Senti o quanto o descontrole emocional e o stress afetam, inclusive o cuidado que temos com os nossos amores. Quando ia para casa comer, tomar banho e beijar meus filhos, voltava para o hospital muito cansada, mas renovada e com muita energia e amor para dar para meu filho e para quem eu pudesse acalentar naquele hospital. 

Uma estorinha interessante é que nós estávamos com uma linda menininha no quarto com uma pneumonia de base nos dois pulmões com uma evolução de melhora muito lenta, na verdade com troca de remédios por ela não estar respondendo bem ao tratamento. É óbvio que sua família, na verdade, sua mãe e sua avó, estava muito tensa, assustada e cansada de estar nesta situação de internação. No dia das mães elas duas (a avó e a mãe da criança) saíram para almoçar juntas em algum restaurante ao lado do hospital e a menina ficou com uma tia de quem ela gostava muito. Aquelas horas se passaram com as duas brincando sem a menina chorar e nem reclamar nenhuma vez. A sua tia estava bem, descansada e com certeza essa energia foi ótimo para aquela criança. Quando elas retornaram para o quarto do hospital, eu falei de como a menina tinha ficado bem e que até elas estavam com uma leveza maior no olhar. A mãe da menina estava deitada na cama com a filha e depois de um tempo refletindo me olhou e disse "Pois é, nestas horas a gente vê o que realmente tem valor. Se a gente estivesse em casa estaríamos uma em cada canto. Eu no computador, minha mãe no quarto vendo televisão e minha filha em outro quarto vendo desenho. Agora estamos juntinhos neste quarto de hospital." 

Não sou do tipo que acredita que o crescimento e a evolução espiritual e humana acontecem apenas através do sofrimento. Penso e sei que podemos evoluir através de momentos intensos, sejam eles bons ou ruins. Mas com certeza nos momentos de medo e de impotência, percebemos que somos muito pequenos, apenas um grãozinho de areia neste enorme universo. Os nossos valores mudam nestas situações e cabe a nós mesmos não permitir jamais que estes valores se percam pelo mundo quando saímos da crise, pois esta é uma tendência natural do ser humano. 

Pois é, precisei relatar um pouquinho da minha experiência, meu filhote ja está em casa e bem, aprontando todas e logo logo estarei escrevendo mais sobre os "causos" adolescentes. Até mais, bjks.